Vaza a articulação de ministros do STF para “barrar” a provável anistia

Além disso, a circulação de ideias como a de Tarcísio — que inclusive questionou ter confiança na Justiça que julga Bolsonaro — reforça o desgaste institucional e empurra o debate para as ruas: o clamor popular já sinaliza que o Brasil não aceitará punição seletiva nem pressões judicialistas disfarçadas de defesa da Constituição.

6. Conclusão: STF ou “suprema cautela”?

A articulação interna no STF para barrar a anistia revela o que muitos já temem: a política institucional pode estar sobrepondo-se aos trâmites constitucionais. Se o Congresso próprio cria leis, por que um tribunal deveria intervir antes da aprovação?

O Brasil precisa perceber que a defesa da República não passa por medidas de exceção, mas pela transparência, debate público e respeito irrestrito à Constituição. Nesse contexto, o STF corre o risco de virar protagonista da crise em vez de seu guardião.

A questão central é clara: uma anistia ampla pode significar impunidade; a defesa antecipada pode equivaler a confissão política. O momento exige coragem institucional — para defender a verdade, não favorecer interesses. E, se o STF falhar nisso, o país pagará um preço alto pela erosão democrática.