Por que agora?
• Pressão por modernização após sucesso do PIX.
• Competição com stablecoins internacionais.
• Aceleração da digitalização pós-pandemia.
• Busca de dados para formulação de políticas monetárias de precisão.
Impactos imediatos no PIX e nos meios de pagamento
Continuidade do PIX: convivência ou fusão?
Por enquanto, o Banco Central declara que PIX e DREX coexistirão. O PIX continuará como sistema de pagamentos instantâneos, enquanto o DREX será o ativo subjacente que liquidará transações em ambiente 24/7, inclusive entre empresas, governo e pessoas físicas. Em termos práticos, o usuário pode nem perceber a troca: quando escanear um QR Code, o saldo em DREX poderá ser debitado e creditado em segundos, mantendo a experiência PIX.
Cenários de substituição total
Alguns analistas, no entanto, preveem que, após fase de adoção em massa, front-end e back-end convergirão. O aplicativo de seu banco mostrará apenas “Saldo DREX” e “Pagar”, eliminando a necessidade de chaves PIX. Nesse cenário, o PIX vira mera camada de roteamento até 2026–2028, reduzindo custos operacionais para fintechs e grandes bancos.
O papel dos bancos e fintechs na era DREX
Grandes bancos tradicionais
Itaú, Bradesco e Santander participam do piloto DREX, testando interoperabilidade, KYC e infraestrutura. A expectativa é que passem a custodiar DREX para clientes, cobrando por serviços de agregação de dados e cash management corporativo. Ao reduzir os custos de liquidação, esses bancos podem liberar capital para crédito, mas perdem receita de tarifas de compensação TED/DOC, já em queda após o PIX.
Fintechs e ecossistema de inovação
Para empresas como Nubank, Mercado Pago e PicPay, o DREX é tanto ameaça quanto oportunidade. Por um lado, menores barreiras de entrada permitem que novos players ofereçam produtos financeiros sem necessidade de conta tradicional. Por outro, a competição cresce e pressionará margens. APIs abertas planejadas pelo Banco Central devem abrir espaço para smart contracts, seguros paramétricos e empréstimos programáveis.