Lula diz que gestor que deixa obra parada deve ser preso

Em agenda no município de Breves, no Pará, nesta quinta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que administradores públicos que interrompem obras deveriam ser responsabilizados judicialmente e até presos por negligência.

A declaração foi feita durante a entrega de três unidades escolares na Ilha do Marajó. Entre elas, a creche Professor Afonso Brito da Cruz, cuja construção havia começado em 2011 e ficou mais de uma década parada. Lula criticou duramente a prática de suspender projetos iniciados por governos anteriores.

“Obras estão sendo inauguradas 15 anos depois. Sinceramente, acho que muitos gestores deveriam ser presos por irresponsabilidade. Quando alguém deixa uma obra parada só porque foi o adversário que começou, demonstra falta de respeito com o povo da cidade”, disse o presidente.

Segundo o governo federal, R$ 126,9 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram destinados à retomada de empreendimentos educacionais no Marajó. Além da creche em Breves, também foram inauguradas a escola São Sebastião Rio Limão do Japichaua, na zona rural do município, e a escola Francisco Chagas da Costa, em Melgaço.

Ainda em Melgaço, Lula assinou ordem de serviço que garante a continuidade de sete obras paralisadas, incluindo escolas, creches e uma quadra coberta, em investimentos superiores a R$ 3 milhões. No total, 115 construções educacionais da Ilha do Marajó fazem parte do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. Em todo o país, já são 2.544 projetos aprovados para reativação e 507 concluídos.