Fux vota para anular julgamento de Bolsonaro no STF; o que acontece agora?

2. Levantar recurso ao plenário do STF

Se o tema da competência ganhar tração, pode haver abertura para recurso e levar o caso ao plenário completo, embora jurisprudências recentes indiquem que apenas divergências de mérito justificam tal caminho.

3. Prolongar o julgamento

Pedidos de vista ou de repercussão geral podem postergar ainda mais a conclusão do julgamento — o que alimenta debates políticos e dá margem para manobras institucionais.

O impacto político e institucional

Esse voto reforça críticas recorrentes de que o STF atua politicamente, interferindo na disputa eleitoral. A defesa agora tem uma tese jurídica robusta para denunciar parcialidade. Bolsonaro, por sua vez, ganha sobrevida: mesmo que a condenação prevaleça, a nulidade técnica adia a pena e gera incerteza política.

Possível desfecho

A movimentação de Fux amplia as chances de que o julgamento não encerre ainda nesta semana. Sob tal tensão, o STF pode se ver obrigado a reavaliar procedimentos, preservar sua legitimidade — ou aprofundar sua crise institucional.

Conclusão

A declaração de incompetência feita por Luiz Fux pode alterar o curso do julgamento em curso. Não se trata de revisar provas ou reabrir o mérito, mas sim questionar as bases processuais da tramitação. Em caso de rejeição da preliminar, o julgamento prossegue. Se aceito, pode também significar o fim da Primeira Turma — e início de um novo capítulo, com repercussões profundas para a Justiça e a política brasileira.