Vaza a articulação de ministros do STF para “barrar” a provável anistia

Já o ministro Luís Roberto Barroso sugeriu publicamente que eventuais alterações que aliviem penas poderiam decorrer de mudança legislativa — mas que, mesmo nesse caso, dependeriam do aval do STF. Logo, ainda que o Congresso avance, o caminho seguirá bloqueado no Judiciário.

4. A encruzilhada dos Poderes

O Brasil, mais uma vez, vê o confronto entre Legislativo e Judiciário escalar. Se o Congresso aprovar uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, incluindo Bolsonaro, ministros prometem agir como freio institucional — usando o STF como barricada contra o que consideram um ataque à democracia.

Esse cenário amplia a percepção de que o país vive uma crise de equilíbrio entre os Poderes. Se antes o STF era visto como árbitro, hoje poderia ser interpretado como peça ativa no jogo político — conforme denúncias de outros casos recentes — elevando o risco de judicialização da política.

5. Reflexos no campo político e na opinião pública

A movimentação do STF provoca uma reação imediata na base bolsonarista: o deputado Eduardo Bolsonaro, por exemplo, já declarou que anistia sem Bolsonaro não vai e que qualquer manobra que exclua o ex-presidente será rejeitada pela direita.