A disputa política em torno das eleições de 2026 ganhou um novo capítulo que coloca o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, no centro das atenções. De acordo com denúncia apresentada pelo vereador e comentarista político Rony Gabriel, no Jornal do JCO, estaria em curso uma movimentação para impedir Jair Bolsonaro de voltar à disputa presidencial. A peça-chave dessa estratégia seria a reabertura de inquéritos derivados da CPI da Covid, arquivados no passado pelo então procurador-geral da República, Augusto Aras.
O papel da CPI da Covid
Segundo Gabriel, o retorno desses processos não atende a critérios técnicos, mas políticos. Ele sustenta que a medida serviria como uma espécie de “plano reserva” para afastar Bolsonaro da corrida eleitoral, caso a discussão em torno da anistia reduza o peso das acusações ligadas ao 8 de janeiro de 2023. “O que se busca é criar uma condenação alternativa contra Bolsonaro. Não é Justiça, é estratégia de poder”, afirmou o analista.
O fantasma do Consórcio Nordeste
Na denúncia, Rony Gabriel relembrou o caso dos respiradores comprados durante a pandemia pelo Consórcio Nordeste, que custaram cerca de R$ 48 milhões aos cofres públicos e nunca foram entregues. Para ele, o episódio, marcado por suspeitas de superfaturamento e desvio de recursos, deveria estar no centro das investigações. Flávio Dino, à época governador do Maranhão, fazia parte do consórcio.
“O dinheiro sumiu, os equipamentos nunca chegaram e, mesmo assim, ninguém foi responsabilizado. Curiosamente, quem hoje conduz acusações contra Bolsonaro esteve envolvido nesse consórcio e não sofreu qualquer consequência. O Brasil vê claramente a inversão de papéis”, criticou Gabriel.
A polêmica sobre Flávio Dino
A atuação de Dino, agora como ministro do STF, provoca desconfiança entre opositores. Para eles, a legitimidade de sua posição como julgador é questionável, já que pairam sobre seu passado denúncias ainda não esclarecidas. Críticos afirmam que a situação expõe uma contradição evidente: enquanto aliados do governo permanecem blindados, Bolsonaro se torna alvo constante de novos inquéritos.