Tagliaferro apresenta a senadores documentos com acusações contra Moraes

O ex-assessor de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, voltou à cena política com um arsenal de documentos que, se confirmados, expõem uma operação judicial conduzida com base em fraudes, pressões e manipulação institucional. O alvo? O próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Denúncia em Plenário

Na Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Tagliaferro expôs registros que, segundo ele, comprovam irregularidades graves no gabinete de Moraes. Esses documentos teriam sido usados para justificar uma operação da Polícia Federal contra empresários bolsonaristas — mas com uma dinâmica retroativa e evidentemente forjada: enquanto a operação ocorreu em 23 de agosto de 2022, os documentos justificadores foram produzidos somente entre 26 e 29 de agosto, como admitiu o próprio delator CNN Brasil.

“Documentos preparados depois da ação”

O ex-assessor relatou que foi orientado pelo juiz instrutor Airton Vieira, ligado ao gabinete de Moraes, a produzir mapas mentais e relatórios após a operação já ter sido realizada — uma inversão processual que, na lógica jurídica, é inaceitável. O processo foi montado “para pagar para ver”, como descreveu Tagliaferro, citando que não houve investigação pública de fato, funcionando tudo com base em reportagem do portal Metrópoles CNN Brasil.

A vitória da narrativa sobre os fatos

Segundo Tagliaferro, as ações não se deram pela comprovação de atos antidemocráticos, mas sim pela repercussão midiática. Em outras palavras: primeiro vieram as medidas (buscas, apreensões etc.), e só depois, a justificativa jurídica — exatamente ao contrário do que estabelece o Estado de Direito CNN Brasil.

Documentos no Senado — mas não à sociedade

Embora esses documentos tenham sido entregues ao colegiado, até o momento eles permanecem restritos e não estão disponíveis ao público ou a outras autoridades — o que, para muitos, reforça a impressão de caixa-preta em decisões sensíveis CNN Brasil.